Sempre me disseram que: "...nunca se sonha alto demais...,", ou que: "...quanto mais alto, maior é a queda...", que se acreditarmos, havemos de ter. E eu digo: "Mas porque acreditei isso?" Agora arrancam-me os olhos e pregam-os à realidade! "Não podes sonhar!" dizem vozes traiçoeiras. E eu não sonho. Agonizo com a mágoa profunda de sonhos nados-mortos. Nem amor, oh amor cura as feridas. Amor acentua-as, faz-nos cometer loucuras e enfrentar as mais duras provas... mas no fim, a solidão prevalece. O amor esvai-se, acaba, termina, foge, esgota-se, morre, perece, ponto final, kaput! E sozinho fico, deixado apenas com o sentimento de vazio e um punhado de memórias que não servem para nada, NADA! As lágrimas já não podem coisa nenhuma. Os olhos ensanguentados já não vêem um mundo digno. Só o sangue apaga as dividas. Uma sede crescente... E uma auto-censura... por quanto mais tempo aguentarei?
1 comentário:
Li gostei, mas fiquei triste... o final não me parece promissor.
Amai-vos um ao outro,
mas não façais do amor um grilhão.
Que haja, antes, um mar ondulante
entre as praias de vossa alma.
Enchei a taça um do outro,
mas não bebais da mesma taça.
Dai do vosso pão um ao outro,
mas não comais do mesmo pedaço.
Cantai e dançai juntos,
e sede alegres,
mas deixai
cada um de vós estar sozinho.
Assim como as cordas da lira
são separadas e,
no entanto,
vibram na mesma harmonia.
Dai vosso coração,
mas não o confieis à guarda um do outro.
Pois somente a mão da Vida
pode conter vosso coração.
E vivei juntos,
mas não vos aconchegueis demasiadamente.
Pois as colunas do templo
erguem-se separadamente.
E o carvalho e o cipreste
não crescem à sombra um do outro.
Gibran Kahlil Gibran
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