19/01/2008

AVISO AOS NÃO-VERGANTES

Nobres e estimados amigos Obrigado, por parte deste coração que mais apanha do que bate, pelas tão belíssimas coroas de flores. Foi realmente inusitado, comovente. Nem consegui tirar meleca do nariz, juro... Nunca me senti tão querido em vida, embora tanta gente me quisesse literalmente MORTO. Aliás, nunca vi tanto rabo-de-saia junto e tão separado, brigando com foice e martelo por uma miserável pensão de perseguido político-comunista nos sombrios tempos da Dita-e-dura! Que loucura! Na verdade, cá entre nós, nunca pensei que um cafajeste como eu valesse mais do que a comida que come ou do que deixa, factual ou "fatc-all-mente" na cadeia alimetar, para a posteridade... Eh...Eh...Eh... Agora é só ter mais um pouquinho de paciência porque a enfermeira deste nosocômio, pela milhocentésima zenésima vez, não colocou o aparelho para medir a pressão no lugar certo, apropriado e conveniente, o único lugar com pressão suficiente para atestar se estou vivo ou morto, permanecendo na cruel dúvida sobre o meu pleno estado de existência. Búúúúúúúúúúúúúú'... Sai JABURU! Eh... Eh...Eh...
Ói nóis aqui traveiz...
Se voceis pensam que nóis fumozimbora
Nóis enganemos voceis
Eh...Eh...Eh...
Fingimos que fumos e vortemos
Ói nóis aqui traveiz Nóis tava indo,
Tava quase LÁ (literalmente...)
E arresorvemo, vortemo prá cá... Eh...Eh...Eh...
Agora nóis vai ficar freguês
Ói nóis aqui traveiz!